quarta-feira, 24 de junho de 2015

Taís Araújo e Lázaro Ramos celebram suas conquistas

Os 50 anos de história da Globo, este ano, poderiam ter muitas caras. Mas nenhuma, talvez, reflita tanto as mudanças do País como a do casal Taís Araújo (36) e Lázaro Ramos (36). Primeiros protagonistas negros da história da TV brasileira, eles não só realçam as transformações pelas quais passamos, como ajudam a traçar uma rota para o futuro da emissora. Em passeio inédito pelos estúdios do Projac, que em outubro completa 20 anos, os atores mostraram por que o local é tão merecidamente apelidado de “fábrica dos sonhos”.
Maior complexo de TV da América Latina, onde trabalham cerca de 9000 pessoas, fica em terreno de 1,65 milhão de m2 no bairro carioca de Jacarepaguá, cercado de vegetação nativa da Mata Atlântica. Lá, a emissora produz figurinos, cenários, fotografias, arte e grava suas novelas e séries. Todos os anos, são cerca de 2500 horas de programação, o que corresponde a mais de 1200 longa-metragens. “É o coração da Globo”, simplifica Taís. “O mercado de comunicação do mundo é dominado por produtos feitos em outros países. No Brasil, não. A Globo produz aqui. Tudo funciona para construir dramaturgia e entretenimento brasileiro”, orgulha-se Lázaro.
Pais de dois filhos, João Vicente (3) e Maria Antônia (4 meses), eles garantem que não pensam em aumentar a família. “Já tem muita gente no mundo”, brinca ele, sem deixar de alimentar outros planos em comum. Um deles é atuar no seriado de humor Mr. Brau, que vai substituir Tapas & Beijos em setembro.
O que apaixona em novelas?
Lázaro – Gostava de tramas, como Roque Santeiro e Vale Tudo, que falavam de um Brasil atual em suas épocas. É o mesmo caminho que a Globo está buscando hoje, de tentar entender este novo País e se comunicar com ele. Espelhar um Brasil mais próximo da realidade.
Taís – Tínhamos um olhar muito para fora. Mas, de uns anos para cá, mudou, a gente passou a gostar da gente. Falava muito isso em Da Cor do Pecado, novela em que protagonizei aqui, fez grande sucesso, vendeu muito para o exterior. E era isso. O brasileiro gosta de se ver e reconhecer.
Vocês acreditam que a situação do ator negro mudou?
Taís – Sim. E vem mudando. Hoje temos, por exemplo, Cris ViannaCamila Pitanga,Sheron Menezzes, somos muito mais próximas das meninas mais novas. Quando era pequena, não tinha a menor referência. Elas eram muito distantes. Via a Zezé Motta e outras atrizes que tinham idade para ser minha mãe ou avó.
Lázaro – E eram personagens estereotipados, marginalizados, sempre coadjuvantes, quando todo artista ambiciona o protagonismo, personagem bom. Outra coisa legal, que vem possibilitando mudanças na dramaturgia, é a inserção de gente com outras origens, não vou falar somente negros, contando suas histórias, como diretores, roteiristas. É o futuro. Isso faz a diferença quando você dá o microfone para mais pessoas. A diversidade do Brasil é nosso maior valor, inserir isso em todos os setores deixa a sociedade mais rica.
Taís – É muito importante também a gente contar nossa história sob o nosso ponto de vista. E não um outro contar minha história sob o ponto de vista dele.
Qual história gostariam de ver contada agora?
Lázaro – Sobre família e amor. (risos) É o que toca as pessoas de qualquer jeito. A família brasileira está passando por transformações. Vivemos momento de revisão e de descobertas de outros formatos de família. E amor porque a gente passa por um período de certa barbárie em alguns setores e acho importante falar mais de amor.
O preconceito ainda existe?
Taís – Fácil nunca é. A gente vive em um lugar muito preconceituoso. Quando viajo ao exterior e falo isso, ficam chocados. Não conseguem entender, ainda mais por ser um País tão diverso. Não estou feliz, mas também acho que as coisas têm melhorado. Estamos no caminho, ao menos.
O que esperar de Mr. Brau?
Lázaro – Saio ganhando em duas coisas, trabalhar com humor, que adoro, e com a Taís. Fizemos ano passado Geração Brasil, mas não contracenávamos. Juntos mesmo foi na peça Método Gronhölm, em 2007, e na novela Cobras e Lagartos, em 2006. 
Taís – Tem a ver com nossa maturidade também. Em todos os sentidos. Por isso, vai ficando mais fácil de trabalhar, é prazeroso.
Lázaro – E a gente descobriu que não precisa dar opinião na cena do outro, tem é de elogiar. (risos) A melhor maneira de trabalhar é elogiar o outro e pronto. Já tem o diretor para cuidar. Quando se é casado, tem de estar atento  a isso, procurar estimular o outro.
E como educam os filhos?
Lázaro – Temos o desejo de querer ser referência para eles também. Precisam que a gente dê o exemplo. É façam como estou fazendo, porque sou bom exemplo.
Taís – Qualquer escolha nossa é para as crianças também. Filho é combustível, alimenta a vontade de fazer melhor.
 

Fonte: Caras

1 comentário:

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